terça-feira, 15 de março de 2011

Nascimento


Quando fui convidada a escrever sobre o assunto ‘nascimento’, pensei em falar sobre a entrada dos seres humanos nesse mundo, a expectativa que este acontecimento gera na família e coisas tais. Mas isso me fez pensar justamente na importância que tem a boa expectativa, com relação à chegada dos bebês, que deveriam sempre ser desejados e bem cuidados. Sabemos que, por infinitas razões,a realidade não é bem esta. E, por outro lado, eu compreendo e respeito a decisão das pessoas que decidem não ter filhos. Os filhos, de fato, dão trabalho e geralmente impõem sacrifícios aos pais. Há pessoas que não deveriam mesmo ter filhos, seja em razão dos próprios interesses ou limitações, ou pelo bem da humanidade.
Com tudo isso, porém, eu não compreendo uma pessoa como a psicanalista Corinne Maier que, sendo mãe, se deu ao trabalho de escrever um livro onde lista 40 Razões Para Não se Ter Filhos (que, aliás, é o nome da obra). Para ser sincera, eu não cheguei a ler este livro (nem pretendo, pois o título é por demais autoexplicativo, rsrs). Mas as resenhas dele, lidas em muitas mídias, e as controvérsias que ele gerou na época do lançamento me fizeram saber que esta senhora acha que (com as próprias palavras dela):

01) As crianças são o inferno
02) Os filhos arruínam as mães
03) Uma mulher com filhos não pode ter uma carreira
04) Também não pode se divertir nem ter vida afetiva e sexual
05) Filhos são parasitas
E vai por aí até chegar à 40ª.

É um livro tão provocativo, e a autora parece tão afeita às controvérsias, que eu simplesmente não o mencionaria, chamando a atenção para esta obra caça-níqueis, não fosse o fato de terem vindo a público um bando de gente igualmente equivocada (ou de má fé) que, ecoando as argumentações do livro, tenta impor os próprios pontos de vista. Chamo essa gente de equivocada ou de má fé porque, como eu disse acima, ter ou não filhos é decisão de foro íntimo, que deve ser respeitada pelos outros.
Mas vir a público proclamar sandices como: “Com filhos você vai passar noites acordada e não será na balada e sim ouvindo choro” é algo que açoita o meu raciocínio e sensibilidade e, diante disso, a vontade que tenho é de dizer a essa pessoa: "Você tem razão, se a sua mãe tivesse pensando como você, eu agora estaria livre de ouvir/ler o que você está dizendo”, rsrs.


(Blogagem Proposta pelo Blog Espiritual Idade: http://espiritual-idade.blogspot.com/)

20 comentários:

  1. Minha tão querida e estimada amiga,

    O que eu posso dizer com relação à essa senhora e suas idéias a respeito de ser mãe...apenas lamentar...pelo filho, ou filhos que ela conseguiu gerar e colocar no mundo...coitados! Será que ela conseguiu passar a esse filho toda essa sua angústia e insatisfação? Meu Deus! Depois ficamos sem entender pq existe tanta gente mal resolvida por esse mundo afora...
    Ser mãe é padecer no paraíso, é a maior verdade que eu já ouvi na vida, pra mim os filhos são a minha alegria e o meu propósito de viver e querer fazê-lo da melhor forma possível, sou por eles, e pra eles a cada respiração...sem contudo ter deixado de fazer uma carreira, de ser esposa, de ser mulher bem resolvida que eu acho que me tornei!

    Um grande abraço,
    Foi bom ter vindo aqui!

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  2. Marly,
    O tema nascimento não suscita só alegrias.
    A paternidade responsável requer reflexão e estamos em sintonia na nossa abordagem.
    Sua frase final nos dá a dimensão de quem optou pela vida e quer acreditar nos homens de bem, naqueles que incitam os outros a serem pessoas melhores.
    Eu também não leria esse livro, a não ser que tivesse que fazer uma "palestra" e me fosse sugerido usá-lo para contrapor opiniões, talvez.
    Fiquei feliz com sua participação e já vou divulgar o link para que as pessoas possam acompanhar.
    Penso que teremos um grande dia bem interessante, com reflexões, sugestões, comidinhas gostosas, muitas lembranças, risos e lágrimas.
    Obrigada, Marly, por juntar-se a nós.
    Bjs.

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  3. mãe, achei interessante a temática do seu texto.

    é verdade. as razões para não se querer ter filhos no geral são relacionadas ao egoísmo - sem querer usar essa palavra de forma pejorativa... (mas no sentido da pesssoa se centrar no eu e não no outro.)

    realmente, é, no mínimo, curioso uma mulher com filhos escrever um livro desses. talvez ela quisesse desabafar ou algo assim... talvez, ela de fato ame os filhos e seja uma boa mãe... mas tenha usado a escrita como forma de catarse de sentimentos negativos que ela tem com relação a maternidade (imagino que seja comum, esse tipo de sentimento, quando você é 'obrigado' a sair de uma forma de vida para outra diferente, e sem a possibilidade de desfazer essa mudança) ou talvez tenha se ressentido por se senir abandonada de fato, ou algo que o valha. ou talvez ela seja uma mulher que não tenha se adaptado bem a maternidade, quem sabe? as pessoas não são todas iguais. eu sinceramente fiquei curiosa para ler o livro e entender o que levou essa mulher (com filhos) a escrevê-lo. talvez seja uma bobagem caça-niqueis, mas pode ser interessante também.

    essa semana mesmo eu li uma matéria na tpm, sobre não querer ter filhos. um aspecto interessante da matéria, já pelo ponto de vista de mulheres que de fato não tem filhos, é o fato de que elas se sentem pressionadas com relação a isso. afinal, para a maioria das pessoas (pelo menos na nossa sociedade), não seria natural uma mulher não desejar filhos. aqui está o link: http://revistatpm.uol.com.br/revista/107/reportagens/filhos-nao-obrigada.html

    é interessante.

    beijos, lila.

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  4. Oi Marly,que bom q vc me achou! Eu tbm adoro ler e tenho q vir com tempo no seu blog pra ler muita coisa interessante q já vi por aqui. Não posso deixar de comentar esse post sobre essa senhora q escreveu esse livro,nossa que mesquinha,né! Pois eu estou aqui pedindo a Deus todos os dias um filho pra alegrar minha vida e se quiser mandar mais vou amar.
    Abraço carinhoso!
    Cris.

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  5. Marly, passei para conhecer seu blog e adorei. É claro que já estou te seguindo.
    Menina, chega a ser cômico o raciocínio desta senhora. Bem, pelo que entendi ela expõe a experiência pessoal dela, já que é mãe! Mas, graças a Deus nem sempre é assim. Eu por exemplo sou muito feliz pela grande bênção que é minha filhota Sophia (com 2 anos e meio) e pela chegada da Maria Eduarda (que chegará em abril).

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  6. Olá, Marli querida
    Meu desejo de hoje é que uma chuva de bênçãos seja derramada sobre VC e outra chuva de pétalas de rosas orvalhadas...

    Também fiz opção, livremente, por assumir minha maternidade... foi o melhor que fiz!!!
    Não digo que foi um mar de rosas aparentemente... mas o é para mim... sem eles não seria eu... como sou!!!
    Obrigada por mostrar seu otimismo e a sua adesão ao Bem...
    Nascer é um Dom que devemos preservar e agradecer...
    Parabéns pela firmeza do seu caráter!!!

    Carinhos fraternos em forma de orvalho sôbre pétalas de rosas...

    Uma santa e abençoada Quaresma para VC.
    Bjs natalícios

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  7. como já disseram tudo que tinha vontade de falar, só me resta perguntar. FILHOS? FILHOS, PORQUE TÊ-LOS, MAS SE NÃO OS TEMOS, COMO SABÊ-LOS. BOA SEMANA

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  8. Marly,

    Muitas pessoas decidem não ter filhos, por causa da carreira profissional, etc. São decisões que devemos respeitar, mas o conteúdo desse livro, realmente é muito estranho, jamais leria um livro desses.
    Gostei do assunto que você abordou, apesar de ser bem diferente. Precisamos estar informados sobre tudo.
    Obrigada pela visita carinhosa.
    Beijos

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  9. Ai tá bom demais Marly,
    eu devoro livros, mas saboreio devidamente! Já cheguei a ler 2 livros ao mesmo tempo, consoante o estado de espirito, ora lia páginas de um, ora lia páginas de outro e terminei ambos sem stress.
    Stress mesmo é não ter livro pra ler!!!

    Quanto ao livro 40 razões para não ter filhos, é capaz de ser uma boa opção para afastar da maternidade aquelas pessoas que estão na duvida e que se arrependem após terem sido mães. E quantas não abandonam os seus...

    Que é duro é, que custa vencer todos os obstáculos, sem dúvida. Agora que também é um sacrificio consentido e uma satisfação inexplicavel, isso a escritora não fala pois não? Ser mãe é ter vida cheia, é plenitude.

    Aposto que as que não querem ser mães, não se importam de sofrer na academia, ou penar durante uma dieta para manter a linha, ou numa operação de silicone... É outro tipo de esforço consentido. Tudo vai da motivação e do retorno.
    Muito grata por este momento bom, de reflexão.
    Bem haja.
    Beijo além-mar,
    Rute

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  10. Ola, também adoro livros, mas este que citaste eu também não quero ler.Cá em Portugal temos um ditado popular que diz: Quem tem filhos, tem cadilhos; quem não os tem, cadilhos tem, ou seja, resumindo, quem tem filhos tem complicações, quem não os tem, arranja-as na mesma. Ter uma criança é uma responsabilidade enorme, mas quanto a mim, não vivia sem a minha filhota, por nada deste mundo. Gostei muito do teu blogue e vou ficar conectada.
    Beijinhos lusos

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  11. Que horror!! Esse livro deve ser dado de presente para pessoas irresponsáveis que almejam filhos. Coitada da autora, ela não tem vocação para ser mãe e deve ter tido filhos horríveis, daí tiramos a conclusão que "Tal pai, tal filho"! Beijus,

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  12. gostei muito a sua reflexão, não leria o livro. bjs

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  13. Marly,
    Desconhecia esse seu outro blog....
    mas logo que vc me falou, vim correndo conhecer.
    Faz bem em colocar ele a ativa, pois adorei o pouco que vi.
    Não conhecia esse livro e nem a tal autora, mas como mãe coruja, fiquei chocada!
    Fiquei imaginando como os filhos dela se sentiram ao ler tudo isso....eu ficaria frustrada.
    Também respeito as pessoas que por diversos motivos não tiveram filhos, mas ser mãe é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
    Sabe aquela sensação de tristeza, de que mesmo rodeada por muitas pessoas, vc se sente só...muitas vezes me senti assim.
    Mas depois que me tornei mãe, nunca mais senti aquilo.
    beijos

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  14. eu sempre digo que filho nãov em com manual de instruções...seria tão bom se viessem kkkkk e nunca são iguauis não é, mas já pensou se fossem afff...seria tão sem graça.
    Amooooo tudo isso. Parabéns adorei te conhcer...Bjinhus!!!

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  15. Esta fulana é uma insana e não merece ibope.Parabéns pra você por repelir essa coisa ruim.Beijos no corção e só pelo título já seguiria seu blog!!!Amo livros!!!!!

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  16. Hahaha...Muito bem colocado!!Tudo na nossa vida é uma decidir ou não decidir.Cada cabeça uma sentença...Mas posso te afirmar , tudo é fases.E filhos é uma benção...Adorei seu blog, virei outras vezes...carinhos

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  17. Será que essa senhora estaria tão necessitada de dinheiro para infestar assim as cabecinhas das próximas mães? Porque tem gente que engravida pelas orelhas. Parabéns pela informação aviso. Bj. Demorei pq há muitos escritos.

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  18. Quem sabe a leitura desse livro não evite que mulheres não preparadas sejam mães ? Pode-se imaginar que a autora quis mostrar o lado negativo da maternidade para que somente aquelas realmente convictas aceitassem a missão de ser mãe.
    Enfim...
    Parabéns pela participação.

    Beijo

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  19. Obrigada pelo carinho e presença,onde sempre deixando rastros de boas energias,amplamente compartilhadas
    paz,saúde,e muito amor!
    abraços
    Mari

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  20. Ola Marli,
    Fico pensando que experiencias uma criatura como essa teve, pra ter aversao a filhos e ainda querer gritar isso aos quatro ventos. E mais: como a filha deve se sentir por representar tudo de negativo na vida da mae.
    Concordo com vc e respeito quem nao quer gerar filhos seja la por que motivos, um casal tem direito de deseja-los ou nao.
    A maternidade é uma bençao, com devidas renuncias, sacrificios e eternas doaçoes. E so pessoas com amor no coraçao deveriam tomar parte disso. Acho tambem que a maternidade nos transforma, se um individuo nao se torna melhor
    com essa experiencia dificilmente outra coisa o fará.
    Passei pra agradecer a visita e nao pude deixar de comentar. Gostei daqui, vou voltar, rs. Bjo.

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